29 de setembro de 2008

Quando o Sol se Põe em Machu Pichu


Quando o Sol se Põe em Machu Pichu de Luís Novais

"(...)Sim, existe! Aquilo que verdadeiramente existe não é mensurável. As maiores realizações da humanidade não são mensuráveis. As grandes realizações resultam de grandes sonhos e os sonhos não têm mensurabilidade: transcendem-na. E nós estamo-nos a destruir porque estamos a destruir a nossa capacidade de sonhar.(...)"



Luís Novais apresenta uma obra cuja forma prima pela originalidade. Uma escrita directa e precisa. Recorre à enumeração e repetição, o que parece, muitas vezes, traduzir sequências do pensamento. A linguagem corrente enquadra-se na sociedade moderna, aproxima-se, como refere António Pedro Vasconcelos (realizador), da "geração do sms". Contrariando, de certo modo, o estilo directo e preciso, a temática propicia a reflexão. Relembra-nos, a cada frase, da perda da capacidade de sonhar e da importância de a reaprender. A concretização dos sonhos assume a centralidade da obra, onde todos os personagens são protagonistas na medida em que cada um olha para a sua vida, reflectindo na ausência do sonho e descobre a sua própria importância. Esta descoberta leva-nos, inevitavelmente, ao interior de nós mesmos quando nos identificamos com as personagens e nos auto-revemos em muitas das suas atitudes ou ausência delas.

O tema da busca é profundo e apresentado de forma original misturando o frenesim da vida moderna com o misticismo das montanhas e das suas lendas.



E assim, apresento o meu olhar sobre a obra, como havia prometido ao autor, a quem, mais uma vez, agradeço a visita ao meu blogue e o simpático comentário. E um agradecimento a todos os autores que, como Luís Novais, viajam pelo universo dos seus leitores.


P.S. Fiquei cheia de vontade de conhecer Machu Pichu, de mergulhar no seu mistério e respirar o ar das montanhas.



Boas leituras e boa semana!!

9 de setembro de 2008

Estou de regresso ao trabalho e devo ser uma pessoa de facto estranha porque já revelava ansiedade por este recomeço. Enfim... ninguém é perfeito.