23 de dezembro de 2008

Feliz Natal



Natal é assim

Cheio de correria, de lojas, de prendas, de laços, de árvores, de pressas, de dúvidas, de certezas...

Natal é muito assim

Cheio de sons, de luzes, de risos, sorrisos, de alegria...

Natal é bem assim

cheio de paz, harmonia, sentimentos nobres...

Natal é mesmo assim

Amor!


O que desejo a toda a humanidade é a união do Natal para cada dia do ano. Que 2009 ilumine todos os dirigentes, de todos os países, para que, juntos, edifiquem um Mundo Melhor.


Bom Natal e um 2009 fantástico.

9 de dezembro de 2008

Magia Branca


Neve!!! Recebida de braços abertos principalmente pelas crianças, para quem este quadro branco é magia! Bem, aqui sou como as crianças - este cenário para mim é mágico, inefável...



"Batem leve, levemente..."

10 de novembro de 2008

Mais de 120 mil, Sra Ministra!!!!! Consegue continuar a fingir que não temos razão?? É pena...
Quem, como eu, lá esteve mais uma vez, grite bem alto: DEIXEM-NOS SER PROFESSORES!

Boa semana.

5 de novembro de 2008



Espero um azul tranquilo, um voo alto e seguro

Uma brisa leve e sábia

Um mar por baixo de águas cristalinas e corais

Um tom claro e luminoso em cada madrugada

Um sopro de ânimo no rosto

Um aroma a flores

E aquele sabor a vida sorvido entre risos e bem-estar.

29 de setembro de 2008

Quando o Sol se Põe em Machu Pichu


Quando o Sol se Põe em Machu Pichu de Luís Novais

"(...)Sim, existe! Aquilo que verdadeiramente existe não é mensurável. As maiores realizações da humanidade não são mensuráveis. As grandes realizações resultam de grandes sonhos e os sonhos não têm mensurabilidade: transcendem-na. E nós estamo-nos a destruir porque estamos a destruir a nossa capacidade de sonhar.(...)"



Luís Novais apresenta uma obra cuja forma prima pela originalidade. Uma escrita directa e precisa. Recorre à enumeração e repetição, o que parece, muitas vezes, traduzir sequências do pensamento. A linguagem corrente enquadra-se na sociedade moderna, aproxima-se, como refere António Pedro Vasconcelos (realizador), da "geração do sms". Contrariando, de certo modo, o estilo directo e preciso, a temática propicia a reflexão. Relembra-nos, a cada frase, da perda da capacidade de sonhar e da importância de a reaprender. A concretização dos sonhos assume a centralidade da obra, onde todos os personagens são protagonistas na medida em que cada um olha para a sua vida, reflectindo na ausência do sonho e descobre a sua própria importância. Esta descoberta leva-nos, inevitavelmente, ao interior de nós mesmos quando nos identificamos com as personagens e nos auto-revemos em muitas das suas atitudes ou ausência delas.

O tema da busca é profundo e apresentado de forma original misturando o frenesim da vida moderna com o misticismo das montanhas e das suas lendas.



E assim, apresento o meu olhar sobre a obra, como havia prometido ao autor, a quem, mais uma vez, agradeço a visita ao meu blogue e o simpático comentário. E um agradecimento a todos os autores que, como Luís Novais, viajam pelo universo dos seus leitores.


P.S. Fiquei cheia de vontade de conhecer Machu Pichu, de mergulhar no seu mistério e respirar o ar das montanhas.



Boas leituras e boa semana!!

9 de setembro de 2008

Estou de regresso ao trabalho e devo ser uma pessoa de facto estranha porque já revelava ansiedade por este recomeço. Enfim... ninguém é perfeito.

12 de agosto de 2008

Assim vai a vida

Há um reflexo da lua num lago em mim

Um silêncio discreto que a alma escuta

Ao longe uma brisa embalada

Que oferece um aroma a jasmim.



Os contornos ao longe são fadas, são magos

Os passos incertos que me levam

Num espaço ausente de mim

Hoje são mágoas, são fados.



As cores da noite que escondem quem sou

Metamorfose do ser, da essência que flui

Sem bússula que me guie, sem Norte

Caminho sem saber onde vou.



E o tempo que parece apressado agora

Marcou encontro onde a vida o espera

No rumo seguro, na imponente mão

De uma nova aurora.





(E assim vai a vida, sempre apressada, com o intuito de deixar para trás cada noite, cada sombra, cada mistério, abençoando cada um com um novo amanhã. Quando cada aurora chegar, abram os braços e partilhem um sorriso para que a luz inunde o vosso dia... sejam felizes. Boa semana!)

30 de julho de 2008

Viajar...

Olá Amigos
Tenho andado ausente, mas tudo em nome de umas férias merecidas. Sempre que falamos em férias pensamos em viagens... faz sentido. Tenho viajado muito, sim. Desde o 1.º dia destas minhas férias já estive em S. Tomé e Príncipe, onde respirei os cheiros da ilha, inspirei a maresia junto a um mar esplêndido, convivi com gentes que trabalham desde o nascer ao pôr-do-sol, estive em jantares com governadores (vestida a rigor), visitei fazendas de cacau trabalhadas por mão-de-obra escrava... esta viagem ao Equador foi patrocinada por Miguel de Sousa Tavares, a quem agradeço desde já pelos momentos fantásticos.
Estive depois no Afeganistão, onde vivi a intensidade do sofrimento estampada em estilhaços de guerra. Conheci uma harami, cuja vida se foi transformando e que, do medo escondido na burqa, se move por um sentimento nobre e tudo muda; respirei injustiças, medos, repreensões, violência... a frieza incaculável dos talibans; sofri com a destruição das estátuas de Buda, tão cheias de histórias; vi escolas fecharem, hospitais negarem assistência a mulheres... e muito patriotismo e muita vontade de ver o sol brilhar num país onde tudo sempre pareceu irremediavelmente perdido... fica a humanidade e a força... e assim me levou Khaled Hosseini pelo seu A Thousand Splendid Suns.
Agora, empreendo uma longa viagem a caminho de Machu Pichu com Luís Novais, na qual já passei por Paris,Berlim, Jerusalém e encontro-me neste momento em Nova Iorque. Desta falarei mais tarde (só mesmo depois de conhecer Machu Pichu).
Conhecem forma mais segura de viajar???? Fiquem todos bem... E ...Boas viagens!!!!

3 de julho de 2008

Ausente
a fugir da embriaguez da alma
que me domina, me leva no balanço das emoções...
Ausente
de mim, do ser, do todo...
Ausente
na consciência do olhar e nada ver....
Em um lugar onde me busco
floresta de ilusões... refúgio...
Um grito mudo que enche o espaço vácuo à minha volta...
Na ausência de mim...
das palavras que me fogem das mãos... levita o ser
sem conhecer o seu rumo. Continuo à procura de mim...

30 de junho de 2008

Apenas um céu de estrelas


Verão.

Com ele vem a liberdade de abrir uma simples janela e sentir a brisa suave que faz ao cair da noite.

Enclausurada num mundo de betão, ontem marquei encontro comigo mesma e, durante uns trinta minutos, olhei a noite. A cidade humaniza-se quando damos a nós mesmos tempo para a olhar. Para lá dos altos blocos de betão que me cercam, roubando voos que poderia ter, olhei os contornos nítidos da montanha, salpicados de pontos brilhantes... seguia-se um vermelho enternecido, que se desfazia num cinza adormecido para dar depois lugar a um azul escuro que se perdia para lá dos prédios, que sobrevoava a cidade e me enchia alma. O meu olhar ofereceu-me um deslumbramento que me arrepiou a alma... senti-me feliz por ser capaz de extrair da tela citadina, um ponto de referência tão inspirador como o é um céu de estrelas. E decidi que devo oferecer a mim mesma um momento destes todos os dias - só a noite lá fora, um ruído de carros que passam, as luzes cintilantes ao longe na montanha e a dimensão de um céu como pano de fundo. Liberdade.

Os pensamentos cruzaram-se, sobrepuseram-se, e vagueou a mente que a cada momento me relembra que eu me adapto, sim, mas não me conformo... nem sempre corro o suficiente, mas nunca páro... talvez não avance num determinado momento... e talvez fosse importante fazê-lo.

Sou eu, o meu pensamento e... apenas um céu de estrelas.


Desejo-vos uma boa semana.

25 de junho de 2008

Coleccionista de Canciones

(Primeiro: Activar o video de youtube no canto superior direito)
(Ausentem-se do mundo, fechem as janelas, e, por momentos, inundem-se de uma canção de amor.)

Tu coleccionista de canciones
dame razones para vivir
tu la dueña de mis sueños
quedate en ellos y hasme sentir
y asi en tu misterio poder descubrir
el sentimiento eterno.

Tu con la luna en la cabeza
en lugar en donde empieza
el motivo y la ilusion de mi existencia
tan solo tu solamente, quiero que seas tu
mi lucura, mi tranquilidad y mi delirio, mi compaz y mi camino
solo tu solamente quiero que seas tu
y pongo en tus manos mi destino por que
vivo para estar siempre, siempre, siempre
contigo amor.

tu coleccionista de canciones
mil emociones son para ti
tu lo que soñe mi vida entera
quedate en ella y hasme sentir
y asi ir transformando la magia de ti
en un respiro del alma.

Tu con la luna en la cabeza
en lugar en donde empieza
el motivo y la ilusion de mi existencia
tan solo tu solamente, quiero que seas tu
mi lucura, mi tranquilidad y mi delirio, mi compaz y mi camino
solo tu solamente quiero que seas tu
y pongo en tus manos mi destino por que
vivo para estar siempre, siempre, siempre
contigo amor.

Ya no quedas mas espacio en mi interior
has llenado de ti cada rincon
es que por ti que con el tiempo mi alma
siente diferente...

20 de junho de 2008

Final?

Hoje é um daqueles dias em que me invade o sentimento de missão cumprida. Alegro-me por cada passo que dei, cada rosto que beijei, cada sorriso que partilhei, cada palavra dócil ou cada repreensão que escolhi, em determinado momento, dar; alegro-me por cada palavra que ouvi dizer, por cada jogo que ensinei, por cada incentivo que fui conseguindo dar; alegro-me pelos beijos ternos que dei e recebi, por cada mão que segurei, por cada desenho que recebi como se do maior presente se tratasse; alegro-me pelas suas alegrias, que tão, genuinamente, manifestam, pelas aprendizagens que conquistam, pelos passos, que às vezes, a custo, vão sendo dados... como se tudo fosse uma aventura, onde aos poucos vamos vencendo os obstáculos.

E, no entanto, hoje é um daqueles dias em que, inevitavelmente, a tristeza me invade, pela saudade antecipada dos seus risos, dos barulhos ou dos silêncios de ouro que todos sabíamos apreciar nos momentos exactos, das tarefas que se executaram com tanto empenho, do entusiamo estampado nos rostos que me invadiam de uma satisfação plena; das confidências, dos pequenos "dramas" de amor e outros menos felizes; de ouvir o "hello, teacher. How are you?" (com uma pronúncia tão perfeita que me deixava orgulhosa)...

Mas este dia tem-se repetido ano após ano, e as lágrimas comovidas lá teimam em cair, porque são a súmula de dias de muita partilha, muito entusiasmo, muita satisfação... E há sempre a esperança de voltar a encontrar muitos deles no ano seguinte para dar continuidade ao trabalho feito e para conhecer turmas novas e fazer novo empreendimento.

Para aqueles que terminaram o primeiro ciclo e vão agora para o 5.º ano, fica a esperança de que vão aparecendo para matar saudades e o desejo de que o meu papel nas suas vidas tenha sido, de facto, tão importante como o deles o foi na minha.

Que privilégio poder trabalhar com paixão!

Um obrigada a todos os alunos da EB1 da Sé, que fizeram parte da minha vida. Um obrigada especial às turmas que partilharam comigo os dois últimos anos. E, lembrem-se de como é importante a mensagem de final de ano do 4.º K - "We'll be Together! Always Together!"

A todos os pais que me fizeram sentir importante, que valorizaram o meu trabalho com as crianças - Obrigada! É tão importante o reconhecimento do nosso trabalho...

Deixo aqui fotos de alguns trabalhos que foram feitos ao longo do ano.


Boas Férias!!!







O 4.ºL fez um trabalho espantoso sobre o Ambiente. Pena não o poder deixar aqui na íntegra. Tenho a certeza que ficariam surpreendidos com o trabalho realizado por estas crianças de 8, 9 e 10 anos.



5 de junho de 2008

As palavras bastavam para me mostrar mundos...
Os sons embalavam-me... e, num breve instante, deixava o meu lugar para me sentir reinar num outro.
Saía do que era, continuando a ser eu mesma, genuinamente...
Um livro devolvia-me cada palavra que lia em imagens fantásticas...
As noites só faziam sentido quando eram estreladas... sem o brilho fantástico no firmamento eram trevas e parecia que o tempo morria... Os dias, sim! Cada minuto uma conquista, uma aventura, uma recompensa...
O mundo tinha outras dimensões... havia o longínquo, o misterioso, o desejável, o desnecessário, o outro lado e tudo me mostrava que o o meu era o melhor, o mais colorido, o mais seguro, o mais importante...
Havia a cor, a água transparente, a verdade, o sorriso, as flores, os campos, as aves, os bichos, o cheiro a terra molhada...
Às vezes acordo e parece que é tão difícil sonhar... mas sinto um alento enorme por saber que não foi sempre assim... E tenho sempre o meu porto de abrigo.




20 de maio de 2008

Sentidos

Tão suave é o dia em que o ar que respiro é um colorido de pétalas
Que, intencionalmente, a brisa traz até mim...
Tão refrescante o momento em que o azul me inunda da água serena
Da vastidão desse mar... navego...
Tão intensa a hora em que a melodia se absorve na penumbra
De um vermelho suave... me invade...
Os sentidos se fundem, se intensificam, se completam...
Me enfeitiçam, dando à vida um tom.

14 de maio de 2008

Tela


Porque teimas em aparecer pintada de escuro???
Sabes que vou sempre querer pintar-te de todas as cores...
Só assim serás a minha tela.

21 de abril de 2008

Orhan Pamuk

Já há algum tempo que não deixo um post sobre um livro que tenha lido. Hoje resolvi fazê-lo para vos deixar umas linhas sobre Os jardins da Memória de Orhan Pamuk.

Parecia interminável esta leitura. Muito por falta de tempo, mas também pelas densas páginas que compõem a obra - a mistura do presente com o passado, a decadência das tradições perante a novidade, a angústia evidente perante a perda da identidade e a sua incessante busca... os jardins da memória de onde brotam ideias, desabafos, histórias... a "denúncia" da perda da identidade do povo turco que se vai entregando à ocidentalização. Cada parágrafo enche-nos da história da Turquia. Invadem-nos os cheiros da cidade de Istambul, a escuridão dos subterrâneos, o odor dos poços, a água do Bósforo, os crimes, a degradação da alma, a perda do próprio "eu" que é inevitavelmente transformado em um "outro", o peso da negatividade da mudança nas mentalidades de um povo que perdeu o seu orgulho nacional em "salas de cinema".
É como enveredar por uma floresta desconhecida - uma vez dados os primeiros passos, não queremos regressar por receio de perder os seus mistérios. Vale a pena ler.
Boas leituras e boa semana.

12 de março de 2008

E acordo...

Quando chegas de leve
e me invades...
Quando me encontras
e se inunda de ti a minha imagem...
Quando me abraças
e me habitas como se este fosse o teu lugar...
Quando me envolves
e me contagias com as tuas cores...
Quando me embalas
e o meu mundo levita...
Quando me enches
como se tudo me faltasse...
Quando me vês
como se nada mais existisse...
Quando me dás
como se dona de tudo eu fosse...
Quando me levas
como se outro lugar fosse o meu...
Quando me cantas
como se a história fosse só minha...
Quando me contemplas
como se a deusa dessa lenda fosse eu...
Quando me acordas
como se o valor do tempo dependesse de olhar para ti...
Quando a suavidade da tua doce chegada me alerta
seguro-te com cuidado para que não me faltes.
E acordo...
Lembrança...

9 de março de 2008

1oo mil!

5 de março de 2008

12 Palavras

"Art fo Love", no seguimento de mais uma corrente nos blogs, leva-me a reflectir. Desta vez, a tarefa é árdua, pois pedem-me para apresentar 12 palavras das quais eu goste. Eu sou uma apaixonada pelas palavras... Mas também adoro os desafios e portanto apresento-vos 12 das minhas palavras preferidas.

Amor... imprescindível em todas as suas manifestações.

Maresia... o aroma e a tranquilidade que me invadem quando a sinto.

Silêncio.... o absoluto de certos momentos.

Caos... que descreve um quadro que se pinta, uma gaveta de papéis, uma mala de senhora, um estado de espírito.

Plenitude... a meta, o objectivo que eu busco.

Partilha... que no seu verdadeiro significado comporta palavras extraordinárias.

Desvendar... o fim de um livro, o pensamento de um amigo, os segredos do universo.

Deslumbramento... o sentido da descoberta.

Caminho... por onde busco o sentido das coisas.

Paz... tão difícil...

Destino... ????

Mãe... tudo o que me preenche a alma começa assim.


Passo o desafio ao Jorge Silva (http://www.riologoexisto.blogspot.com/), à Lela (http://www.gracielasilva.blogspot.com/), à Marlene Maravilha (http://www.marlenemaravilha.blogspot.com/) e ao Profeta (www.profeciaeterna.blogspot.com)

29 de janeiro de 2008

Um olhar


Um olhar sobre mim...

Sem a mácula da subjectividade

que me faz ver o que não sou

saio de mim para me olhar

e, inversamente ao que havia pensado,

deparo-me com a complexidade

que, ao aproximar-me, se adensa.

Um olhar sobre mim?

Um livro que, página a página, terei que ler até ao fim...

Uma história feita de histórias que me povoam...

Caminhos feitos de rectas,encruzilhadas, muitas subidas íngremes...

... e calçadas... declives... sempre com um vislumbre de grandes alamedas.

Uns passos eu escolhi, outros... foram, inadvertidamente, impostos

por mim a mim mesma.

Um olhar sobre mim!

Decifrar o enigma do que dizem que sou

como um segredo que o universo me incumbiu de descobrir.

O livro que estou a ler é feito de páginas que já lá não estão

e a minha história revela muito pouco do que sou.

Mas o olhar sobre mim, esse, dita-me,

em voz silenciosa que me chega a ensurdecer,

que a minha busca está longe do fim,

que o meu enigma sou eu

e os meus obstáculos sou eu

e os meus anseios sou eu

e a minha plenitude... serei eu -

- quando o meu olhar me alcançar.