5 de maio de 2007

O abismo...
Chego em passos apressados...
Perdi o azul celeste,
Deixei de ter o meu mar.
E, por momentos, o abismo...
Pintei o horizonte em tons de cinzento,
Deixei de ter janela...
A neblina, o silêncio que me enche,
A noite que não desperta para a madrugada,
A ausência de mim...
E, por momentos, o abismo...
A ideia vaga, a escuridão, a invasão
E é o abismo... imenso, imponente, persuasivo.
Um arrepio... sinto a urgência de cores e regresso à luz.
Revejo a minha estrela,
A noite que se apaixona pela aurora,
O éden, as suas telas pintadas de mil cores.
Sinto a fragrância, o cheiro, o doce aroma da tranquilidade
que, freneticamente, se apodera novamente de mim
Para me devolver ao meu mar
Onde me sinto, onde me acho, onde adormeço
desejando que em cada luar eu veja, ao longe, o abismo...

5 comentários:

Mago dos sonhos disse...

Saudações!

Existem dias assim. Também os tenho, dias negros que na minha alma se preenche, dias vazios, dormentes, profundos sentimentos, dias abruptos, infinita paragem e abismo no ser. Que os céus preencham de azul e vida, a tua alma doce e amiga. O Mago, aqui repousou.

Anónimo disse...

O abismo não é necessáriamente uma coisa má, até porque todos nós desejamos um pouco de vertigem nas nossas vidas.
O truque está em saber sair do abismo e lá entrar apenas quando se quer e como se quer.

R.

Å®t Øf £övë disse...

Jacinta,
E não tão poucas vezes assim nos sentimos tão perto do abismo...
Bjs.

Paulo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alien David Sousa disse...

Perto do abismo. Não andamos todos assim uns dias mais do que os outros?
Saudações alienígenas